Centro de Defesa lança Projeto que atuará em 4 estados brasileiros


Rafael Teixeira 11/09/2015

A Rede Marista de Solidariedade, por meio do Centro Marista de Defesa da Infância, acaba de lançar mais um projeto de abrangência nacional, o Projeto Territoriar. O objetivo é promover a melhoria da qualidade da educação, além da permanência de educandos por meio da ressignificação de espaços pedagógicos. O projeto estará presente em 4 estados, 7 municípios, 15 escolas e contempla educandos de 6 a 10 anos do primeiro ciclo do Ensino Fundamental de escolas públicas do Brasil. As escolas participantes ficam nas cidades de Almirante Tamandaré, Colombo e Paranaguá (PR), São José (SC), São Paulo (SP), e Cuiabá e Várzea Grande (MT).

O Territoriar considera a escuta e a participação de toda a comunidade escolar como premissa de seu desenvolvimento. Para isso, serão criados Comitês Multidisciplinares em todas as escolas, que contarão com a participação representativa de crianças, familiares, educadores, gestores, equipes de apoio, colaboradores da área administrativa, voluntários e da Secretaria Municipal de Educação de cada local. Com o auxílio e apoio de arquitetos do Projeto, eles atuarão na elaboração e desenvolvimento de projetos arquitetônicos locais, propondo a ressignificação dos espaços escolares.

De acordo com Sheila Pomilho, coordenadora de projetos da área de assessoramento do Centro de Defesa, “o projeto contribuirá com a qualidade e organização dos ambientes educativos. Dentro da construção de um currículo com enfoque em direitos, é necessário que o tema possa ser fortalecido nas políticas públicas e pesquisas sobre arquitetura escolar para crianças e educadores que atuam nos anos inicias. A investigação, a aprendizagem e o desenvolvimento devem ser considerados em toda a educação básica quando nos remetemos a ambientes educativos. Envolver 15 escolas públicas do ensino fundamental nesse cenário educacional é também fortalecer as referências teóricas em âmbito nacional e mudar realidades para a qualidade da educação e aprendizagem oportunizando a singularidade e a inteireza do ser humano, processos a ser considerados na educação integral.”

Para dar início ao Projeto, durante o mês de Agosto e início de Setembro foram realizados Seminários Abertos nos municípios. “Educação, arquitetura e território” foi o tema abordado e ministrado por Beatriz Goulart, arquiteta, urbanista e consultora do Ministério da Educação. Participaram destes momentos os gestores das escolas e das Secretarias Municipais de Educação, educadores, crianças, famílias e demais membros da comunidade escolar. Ainda durante estes primeiros encontros, ocorreram os processos de escuta das crianças e educadores, como premissa para a construção dos projetos de ressignificação dos ambientes, como uma ação participativa e coletiva.

“É necessário dar um passo a mais para desenhar parâmetros e padrões de arquitetura, engenharia e currículo educacionais que respeitem as especificidades de cada região. É nesse sentido que vejo a importância da arquitetura escolar como um dos pontos para se discutir e reinventar a educação brasileira”, completa Beatriz.

O Projeto Territoriar conta com uma parceria internacional para seu desenvolvimento e com a parceria das Secretarias Municipais de Educação de cada cidade. A meta de ressignificação dos espaços escolares está em consonância com as diretrizes sobre Infraestrutura Escolar dispostas na estratégia 18 da meta 7 do Plano Nacional de Educação (PNE-MEC).